Agentes públicos serão foco da segunda fase da Operação Infecto, anuncia Salim
Foto: Luana Ribeiro/ Bahia Notícias
O corregedor da Polícia Federal, Maurício Salim, anunciou em entrevista nesta quinta-feira (5) que a segunda fase da Operação Infecto terá como alvo os agentes públicos. O principal questionamento é quanto ao uso de processos licitatórios montados pelas próprias Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) investigadas na operação, sob suspeita de desvio de dinheiro público e sonegação de impostos. “Vamos chamar todos os agentes públicos para que eles digam exatamente o motivo pelo qual utilizaram processos montados. Vamos também avançar nas investigações financeiras para verificar passagem de dinheiro entre essas instituições e as contas de pessoa física dos agentes públicos”, acrescentou. A próxima fase também vai ouvir os envolvidos e analisar o material apreendido no início da investigação. A Operação Infecto foideflagrada na manhã desta quinta-feira (5), após trabalho conjunto de investigação entre Receita Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público. Dois grupos que se passavam por Oscips em 39 municípios baianos foram desarticulados. A estimativa da força-tarefa é que as organizações faturaram R$ 360 mi na Bahia entre 2010 e 2015, segundo dados do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). De acordo com Salim, os mesmos dados podem contribuir nessa segunda fase da investigação, embora deva existir uma investigação específica para cada município. “Essa é a nossa dificuldade. Não dá para trazer para uma única investigação 50, 60 municípios. Isso aí é garantir o fracasso de uma investigação. Tem que ser bastante pontual e objetiva para ter um início, meio e fim, e a gente poder entregar nosso trabalho ao Poder Judiciário”, acrescentou o corregedor da PF.
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