Foto: WSJ
O empreiteiro Marcelo Odebrecht decidiu entregar nesta sexta-feira (30) ao juiz Sérgio Moro respostas por escrito a argumentos do Ministério Público Federal (MPF) para manter a sua prisão, baseado na acusação de que ele comandava esquemas ilegais no grupo Odebrecht e que tentou interferir nas investigações da Operação Lava Jato. Marcelo presta depoimento ao magistrado no início desta tarde. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o empresário explica as anotações encontradas em seu celular apreendidas pela Polícia Federal. "Fica evidente a distorção dos fatos com o objetivo malicioso de atribuir a mim uma intenção de fuga completamente infundada. Trata-se de uma iniciativa não apenas ilegal, como cruel, apenas para me sujeitar a pedido de prisão preventiva", afirma o empreiteiro. Nas explicações a Moro, Marcelo explica que as anotações eram "pessoais, feitas por mim e para mim mesmo”. “Essas notas não eram mensagens nem orientações a quem quer que fosse, porque não se destinavam a ninguém", completou. Segundo ele, elas serviriam apenas para que ele se lembrasse de "determinados temas" citados na imprensa ou em reuniões das quais participava. Ele ainda mencionou a acusação de que ele teria interferido na apuração. "A alegação de que eu poderia ter interesse em interferir nas investigações não é verdadeira; a interpretação da anotação é propositadamente deturpada, sendo absolutamente desarrazoada a utilização de fatos noticiados em reportagens de jornal para fundamentar uma acusação penal", diz.
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