Após escândalos, clima no Vaticano é comparado com pré-renúncia de Bento XVI
Foto: Angelo Carconi/Ansa/Agência Lusa
Após o registro de várias controvérsias pelo Vaticano nos últimos meses – quando, por exemplo, um padre assumiu ser homossexual – um grupo de cardeais conservadores protestou contra o papa Francisco durante o sínodo. A divulgação da carta dos cardeais rebeldes recordou na terça-feira o ambiente de intriga do escândalo "Vatileaks" em 2012, quando o mordomo do Papa Bento XVI revelou as intensas disputas dentro da cúria e as supostas fraudes cometidas pela administração vaticana. De acordo com o G1, a reunião dos bispos começou com as declarações de um padre polonês de 43 anos, Krysztof Olaf Charamsa, que anunciou sua homossexualidade e apresentou seu companheiro. Atualmente, Francisco preside um sínodo de três semanas no qual os debates da Igreja sobre a família se viram ofuscados pelos escândalos. Charamsa, membro da Congregação para a Doutrina da Fé, foi afastado imediatamente, mas seu anúncio jogou lenha na fogueira de um debate que opõe conservadores e liberais sobre a relação da Igreja com os homossexuais. O Papa Francisco também se viu envolvido no mundo da política italiana este mês, depois que negou enfaticamente ter convidado o prefeito de Roma, Ignazio Marino, a sua viagem aos Estados Unidos. Muitos consideram que as declarações do papa, que alguns interpretaram como uma demonstração de desprezo, contribuíram para a renúncia de Marino, na segunda-feira.
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