PORQUE DESAPROPRIAR É PRECISO!



A história politico-administrativa de Ipiaú é realmente cheia de contornos e elementos interessantes e que se desdobram ao longo do tempo.

Quando tomou a decisão de desapropriar, a bem do desenvolvimento da cidade, uma área de roça de cacau para transformá-la no que viria ser em seguida o bairro da Democracia, isso nos idos dos anos 60, o então e saudoso prefeito Euclides Neto, sofreu na língua da oposição da época. Chamaram-no de irresponsável, louco e comunista, não as centenas de famílias beneficiadas com a inteligente e oportuna decisão, mas por aqueles cuja preocupação se resumia exclusivamente ao plantio e a colheita do cacau. Pra que progresso? Pra que desenvolvimento? Pra que crescimento de cidade? Queriam uma Ipiaú parada no tempo. Uma Ipiaú com ruas de lama, mal iluminada, enfim, presa ao passado de povoado.
Passados mais de 50 anos desde que foi criado de forma “revolucionária” o bairro Democracia, Ipiaú hoje está completamente diferente, cresceu a cidade, cresceu a população, cresceu o número de veículos entre carros, motos e caminhões nas ruas e avenidas, cresceram os problemas, como também cresceu a expectativa da população em relação à solução dos mesmo por parte do poder público municipal.
O trânsito de Ipiaú, em particular, se tornou numa das maiores cobranças da população. O trânsito de Ipiaú está um caos. Falta espaço, faltam vagas, faltam alternativas. Essas são algumas das reclamações do povo.
Diante de tal situação, e com a coragem e a vontade política de quem conseguiu trazer para o município o que as administrações anteriores diziam ser impossível, pois Ipiaú não tinha uma população de 150 ou 200 mil habitantes, a exemplo do SAMU, asfalto, e outros benefícios, o governo municipal criou o  Departamento Municipal de Trânsito, e aos poucos, o trânsito de nossa cidade vai se organizando, com o apoio daqueles que, ao invés de só criticar, contribuem.


Consciente de que a solução dos problemas do trânsito da cidade não passa apenas pela criação de faixas de pedestres, sinalização vertical, horizontal, semáforos e outras ferramentas, a administração municipal está buscando na abertura de novas ruas e ampliação de outras, o oferecimento de vias alternativas que possam não só fluir o tráfego, como também possibilitar a realização de diversos serviços, a exemplo da coleta de lixo e do SAMU, acessando-os a locais  de difícil acesso, por conta das reduzidas dimensões das ruas, ou melhor becos, os quais  apresentam a mesma realidade de 50 anos atrás, e o que é pior, em vias localizadas no centro da cidade, onde o problema é mais acentuado.
Assim como na época de Euclides Neto, hoje, com a decisão de desapropriar determinados imóveis e promover a ampliação doa cesso das vias, a administração municipal enfrenta a reação imediata de determinadas pessoas que insistem em olhar para o próprio umbigo, defender o patrimônio que será herdado por filhos, netos e bisnetos no futuro, para não dizer na prática da especulação imobiliária, em detrimento do crescimento da cidade e da solução dos problemas de acessibilidade da população.
Foi graças à utilização do processo legal de desapropriação, que o atual governo conseguiu espaço para a construção da Unidade de Saúde que brevemente será entregue às comunidades dos bairros Constança e Aloísio Conrado. Através desse mesmo processo, foi possível abrir uma nova alternativa de trânsito da rua Castro Alves para a  Ataíde ribeiro. Também foi utilizando o dispositivo legal da desapropriação, que o atual governo conseguiu o espaço onde  será construída a UPA – Unidade de Pronto Atendimento.
E o problema se torna ainda mais preocupante, quando a reação não se dá apenas por parte do proprietário na defesa do seu bem que está em processo legítimo e legal de desapropriação a bem da defesa dos interesses da maioria. O problema está também, no fato de a reação receber o apoio de pessoas e de entidades que, ao invés de realizarem na prática a defesa dos interesses da coletividade, promovendo ações  que contribuam para o desenvolvimento da cidade e prezarem pelo progresso sustentável, dão demonstrações claras de corporativismo.
Hoje, a geração atual reconhece em Dr. Euclides um prefeito que governou com os olhos para o futuro. O bairro Democracia cresceu, gerou outros aglomerados urbanos e contribuiu para a Ipiaú que temos nos nossos dias.
A atual administração municipal entende que é melhor ser chamada hoje de prepotente e autoritária por promover, através de processos legais de desapropriação, a expansão da cidade e sua preparação para o amanhã, do que no futuro, ser vista pela geração que lá estiver, de um governo que não teve a preocupação de pensar à frente do seu tempo.
Ascom PMI

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