Ministro minimiza atos no NE e crítica da OAB; líderes atacam Bolsonaro



O ministro de Comunicação Social, Edinho Silva, minimizou o fato das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff (PT) ganharem força no Nordeste – principal reduto eleitoral da petista. Em coletiva realizada nesta segunda-feira (17), Silva defendeu que não importa onde ocorreram os protestos, mas que o governo os considera importantes para o processo democrático. “A caracterização do perfil socioeconômico, como apontam pesquisas, não é relevante”, avaliou. O ministro também relativizou a crítica feita pelo presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Côelho, que exigiu que Dilma peça desculpas por apresentar uma realidade econômica “inexistente” durante a campanha eleitoral. “Nós temos respeito pela OAB. A OAB tem direito de se manifestar e será ouvida, tratada com respeito, mas evidente que a presidente Dilma trabalhou muito”, tergiversou. Presentes na coletiva, os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, José Pimentel (PT-CE), foram mais incisivos em suas colocações. Eles criticaram membros da oposição e voltaram suas críticas, nominalmente, ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ao defender que o ódio à presidente é “manipulado pela oposição”, o senador alfinetou: “Eu tenho 21 anos de parlamento e nunca fui acusado. [...] No dia que eu for aplaudido pelos eleitores do deputado Bolsonaro, eu não estou muito bem na política”. Já Guimarães citou o colega de Câmara ao falar sobre o “caráter ideológico" assumido pelas manifestações, mas que mesmo assim foram aceitas pelo governo. “A democracia permite isso. Permite inclusive que os ‘Bolsonaros da vida’ preguem a volta do golpe [militar]”, ironizou.

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