Coronel critica coordenador da segurança: 'não sou favorável a transplante de modelos'



Com uma posição contrária à do coordenador do Observatório da Segurança da Bahia, Carlos Alberto Costa Gomes, o coronel da reserva da PM baiana, Antônio Jorge Melo criticou a proposta de redução da maioridade penal, que sofreu um revés na madrugada desta quarta-feira (30). A Câmara dos Deputados rejeitou a PEC que diminuiria de 18 para 16 anos a idade de responsabilização para crimes hediondos. Segundo Antônio Jorge Melo, não há como usar comparações com outros países para justificar a redução da maioridade penal no Brasil. “Eu não gosto de comparações em termos de países e não sou muito favorável a transplante de modelos", disse o militar em entrevista ao Bahia Notícias. Melo também contesta a afirmação de que o crime seria uma opção individual avessa a variantes sociais. O gatilho da violência, segundo ele, é a falta de perspectivas. “O problema são as possibilidades de escolha. Se você vive em um país onde a opção de primeiro emprego para a maioria de jovens e adolescentes é o crime, não se está dando escolhas. É a mesma coisa se for imaginar que pobreza gera violência. Se fosse assim, a Índia seria um dos países mais violentos do mundo", debate. Para o oficial, presídio para adolescentes também não seria solução. "Se prisão resolvesse o problema, nós não estaríamos entre a terceira e quarta maior população carcerária do mundo. Nós estamos disputando com China, Estados Unidos e Rússia, que têm populações muito maiores que a nossa", pontua. Mesmo com a derrota, a bancada que apoia a redução da maioridade penal, com apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha, votará outros pontos da PEC. Para Melo, reduzir a maioridade penal e prender adolescentes não vai na raiz do problema. "São soluções paliativas", completa.
(Fonte Bahia noticias)

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