Justiça da Suíça quer ouvir Marco Polo Del Nero sobre casos de corrupção
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, poderá ter de dar explicações à Justiça suíça se voltar ao país. Seus esclarecimentos são considerados importantes nas investigações que apuram corrupção na Fifa no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e de outros contratos ligados ao futebol. A entidade fará uma reunião do Comitê Executivo em 20 de julho. Del Nero é membro do comitê e, segundo sua assessoria, irá a Zurique. Neste sábado (27), a Justiça suíça confirmou que o nome de Del Nero está entre as pessoas "de interesse" para que sejam interrogadas e não descarta que pode aproveitar a reunião marcada por Blatter para entrevistá-lo. Ele não está entre os indiciados, mas como integrante do Comitê Executivo na Fifa nos últimos dois anos, o brasileiro passou a fazer parte do grupo que os investigadores chamam de "o governo do futebol". Blatter convocou a reunião para que se defina a data da eleição na entidade e os detalhes de sua reforma. A princípio, de acordo com uma autoridade da polícia suíça, Del Nero não corre risco de prisão. Mas se retornar ao país dificilmente escapará de um interrogatório - mesmo porque a forma como deixou Zurique e a própria Suíça em 28 de maio, dia seguinte à prisão de vários dirigentes e véspera da eleição na Fifa, foi considerada "abrupta e estranha". Na última quinta-feira (25), por meio de sua assessoria, o presidente da CBF disse não saber da intenção da Justiça da Suíça de ouvi-lo, mas garantiu que está à disposição. "O presidente desconhece a possibilidade (de ser inquirido), mas está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários".
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