Ipea: ajuste no mercado de trabalho pode afetar mais renda que empregos
A deterioração do mercado de trabalho em decorrência do desaquecimento do nível de atividade pode ter efeitos mais expressivos na diminuição da renda que na quantidade de empregos, segundo a Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Os ganhos reais obtidos pelos trabalhadores nos últimos anos podem dar margem à aplicação de reajustes nominais menores em 2015, o que, aliado à aceleração da inflação, deverá acarretar um recuo mais acentuado dos salários reais, que passariam a ser o principal fator de ajuste no mercado de trabalho", diz o relatório. Apesar da retração dos salários em termos reais, ainda não houve, de acordo com o Ipea, uma diminuição no custo unitário do trabalho, que permanece avançando acima dos ganhos de produtividade. O documento compara ainda as duas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que medem os níveis de desemprego no país, a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. O Ipea destaca que, apesar de ambas revelarem tendências parecidas, apresentam motivos distintos para a elevação do desemprego do Brasil. Segundo a PME, o nível de desocupação nas seis regiões metropolitanas pesquisadas estava em 6,1% em abril. Já de acordo com os números da Pnad Contínua, que tem uma área de abrangência maior considerando também o interior do Brasil, o desemprego encerrou o trimestre até abril em 8%.
(Fonte Bahia noticias)
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