Wagner minimiza críticas ao governo e diz que oposição não se conforma com derrota eleitoral
Diante das críticas dos partidos de oposição e da insatisfação popular com os primeiros meses do segundo governo Dilma Rousseff (PT), o ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, defendeu, nesta segunda feira (9), em entrevista à rádio Metrópole, os ajustes fiscais implementados pela gestão petista e atribuiu a "crise" na economia a fatores externos. Wagner disse achar precipitado, para quem acabou de ganhar um novo governo, as avaliações pessimistas da administração de Dilma, alegando que as medidas adotadas pela equipe econômica devem surtir efeito positivo a partir dos últimos meses deste ano. "É preciso que as pessoas entedam que isso não é uma opção, é um remédio amargo para continuar com o ritmo de crescimento que vinha desses 12 anos", justificou Wagner. Questionado sobre os movimentos pelo impeachment da presidente, que estão sendo organizados para o próximo domingo (15) por meio da internet, o ministro minimizou os possíveis impactos das manifestações e criticou a oposição ao governo. "Desde que acabou as eleições ficou claro que quem perdeu não se conformava. Bateu o desespero e começaram a usar todo tipo de argumento", disse. Ao comentar sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras, Wagner defendeu a livre atuação das instituições que atuam no caso, como Ministério Público e Polícia Federal, e ressaltou o "combate à corrupção" como uma das principais características do governo petista. "Se o Brasil quer um xerife, esse xerife se chama Dilma Rousseff", afirmou o ministro que também criticou o sistema de financiamento de campanhas eleitorais, o qual considera como o "maior o câncer da política brasileira".
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