Presença de cúpula do Senado em lista da Lava Jato tem que ser vista com cautela, pregam baianos
A presença de 10 senadores - incluindo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o segundo-vice-presidente, Romero Jucá (PMDB-RR), e o terceiro-secretário, Gladson Cameli (PP-AC) – na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dos investigados na Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos entre a Petrobras e empreiteiras, abalou Brasília. Os representantes baianos, porém, demonstraram tranquilidade quanto à sequência dos trabalhos da Casa Legislativa. Lídice da Mata (PSB) afirmou que a situação “não é positiva para o Brasil”. “O que está pra acontecer [a investigação da Lava Jato] é o que irá delimitar o tamanho da crise. Renan é um homem experiente, mas obviamente essa situação interfere com qualquer parlamentar”, disse a socialista. Segundo a senadora, não se pode dizer que Renan tem que sair da presidência do Senado hoje, pois é o desenvolvimento dos fatos que irá determinar isso. “Pode ser que se crie um clima em que ele se sustente ou não. Ele enfrenta um pedido de investigação e é preciso ter uma ideia do que está acontecendo”, defendeu Lídice, que relembrou que Renan está na lista com diversos outros políticos e nada foi provado ainda. Discurso semelhante foi adotado por Otto Alencar (PSD). “Trata-se de uma denúncia através de delação premiada e que vai entrar no período de investigação, feitas por duas pessoas do submundo: um doleiro e um diretor corrupto”, disse o senador. Otto prega paciência nesse momento do escândalo. “Só posso dar uma opinião depois do julgamento, qualquer outra decisão é precipitada, seria um pré-julgamento. A lei dá direito de defesa a todos e o congresso não vai parar por causa das investigações”, afirmou o parlamentar. De acordo com Otto, a atuação da alta cúpula do Senado não sofrerá interferência. “Na minha opinião ele [Renan Calheiros] não vai perder capital político. Temos que aguardar”, finalizou, antes de lembrar que a Casa tem 81 membros – e 10 estão envolvidos. O petista Walter Pinheiro foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado.
(Fonte Bahia noticias)
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