Marido é principal suspeito de matar e jogar corpo de aeromoça em represa


A Polícia Civil informou que o marido da aeromoça encontrada morta às margens da represa do Atibainha, em Nazaré Paulista (SP), é o principal suspeito de cometer o crime. O corpo de Michelli Martins Nogueira estava dentro de uma mala, e seu marido, Julio César Arrabal, foi achado morto horas depois na casa onde os dois viviam em Sumaré (SP)De acordo com o delegado seccional José Henrique Ventura, um radar no km 70 da rodovia Dom Pedro I, que liga a região bragantina à região de Campinas, flagrou o carro de Arrabal acima da velocidade permitida por volta das 10h30 desta segunda-feira (9). Durante a madrugada, o mesmo veículo foi encontrado em frente à casa do suspeito em Sumaré. "O caso está quase esclarecido. Há algumas evidências quando você percorre o caminho entre o crime e o criminoso. O carro estava em frente à casa do suspeito com uma luz acesa, e o homem estava pendurado e enforcado, com marcas de sangue dentro da casa", afirmou Ventura.O delegado disse que ainda não há informações precisas sobre o que teria motivado o crime, mas o casal já tinha histórico de desavenças.                                                                                                       Marcas de agressões                                                                                                                                O corpo da comissária foi localizado por volta das 19h de segunda-feira após denúncia anônima. Segundo a Polícia Civil, o crime teria acontecido horas antes. Ao lado do corpo, havia outra mala com os documentos da mulher. "[O corpo] foi jogado em uma ribanceira e, aparentemente, ela foi morta com pancadas na cabeça. Há marcas de lesões no crânio e na boca. No restante do corpo, não há vestígios de lesões, nem de violência sexual", afirmou o delegado Luiz Carlos Ziliotti, de Nazaré (SP).                                                                                    Sangue e drogas                                                                                                                                     Na residência do casal, a Guarda Municipal encontrou Julio Arrabal com um cinto preso ao pescoço e à grade da escada. O caso foi registrado como suicídio na delegacia de Sumaré.       Foram achados ainda uma faca suja de sangue, uma garrafa quase vazia de vodca e vestígios de consumo de drogas, de acordo com o Boletim de Ocorrência (BO). No banheiro, sete embalagens vazias usadas para armazenar drogas estavam dentro de um cesto. Em outro quarto, havia uma nota de R$ 2 enrolada.                                                                                Apesar da casa ter uma garagem, o carro de Arrabal estava estacionado na rua, de acordo com o BO. Dentro dele, guardas encontraram objetos pessoais da mulher, entre eles um notebook.
Casa onde morava a comissária de bordo Michelle Martins, encontrada morta (Foto: Cristina Maia/EPTV)Casa onde moravam Michelle Nogueira e Julio Arrabal (Foto: Cristina Maia/EPTV)
Após o crime, foi realizada perícia na casa, no carro do suspeito e às margens da represa, onde o corpo de Michelli foi deixado. A partir desta terça-feira (10), a polícia
Devo a ouvir testemunhas, como parentes das vítimas, para reunir provas sobre o caso. "Temos fatos, mas não temos provas técnicas. Hoje vamos começar as oitivas e também vamos aguardar os resultados da necropsia e dos exames toxicológicos dos corpos", disse o delegado.                                                      Nota da companhia aérea                                                                                                            Segundo a Polícia Civil, a vítima tinha 31 anos e trabalhava como comissária de bordo na companhia aérea Azul.                                                                                                                          Em nota divulgada na manhã desta terça, a empresa diz que "lamenta profundamente o ocorrido com a tripulante Michelli Nogueira. A companhia está prestando toda assistência necessária à família e colaborando com a Polícia Civil, razão pela qual a Azul não vai comentar o assunto."



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