Pesquisa descobre mais de 100 genes ligados ao autismo
Foram publicados recentemente dois estudos na revista Nature que reforçam a ideia de que o autismo é condicionado por fatores genéticos – e foram identificados mais de 100 genes que envolvem a condição psíquica e o risco de desenvolvê-la. O estudo, que é um dos maiores feitos sobre a genética autista até o momento, mostra que as mutações novas e herdadas são o fator de risco de desenvolvimento do autismo. Quando somados esses dois fatores, foram identificados mais de 100 genes de risco. A primeira pesquisa analisou o genoma de 3.871 autistas e 9.937 pessoas sem o transtorno. A segunda pesquisa coletou genomas de 2,5 mil famílias que tenham pelo menos uma criança com autismo, analisando particularmente as mutações genéticas novas, ou seja, aquelas que não foram herdadas dos pais. A influência genética no autismo era antes pouco estudada e até subestimada, mas as pesquisas trouxeram novamente essas possibilidades à tona. A pesquisa tem resultados imediatos para o diagnóstico do transtorno, que agora tem taxa de previsibilidade de 20%. Além disso, o estudo fomentou a teoria e trouxe um quadro mais completo das mutações genéticas que podem afetar o cérebro de crianças com autismo. O autismo é diagnosticado em 1 em cada 100 crianças , e é um transtorno que afeta as habilidades sociais, e geralmente se manifesta antes dos três anos de vida.
Timothy Archibald, fotógrafo, é pai de um menino autista, e fez uma serie de fotos mostrando o dia-a-dia de seu filho / Foto: Timothy Archibald / Reprodução
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