HSBC demite cerca de mil funcionários no País
O banco HSBC Brasil demitiu nesta semana entre 800 e 1 mil funcionários,
segundo estimativas do sindicato dos bancários de São Paulo e da
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT). Os cortes foram realizados em todo o País e representam
por volta de 4,5% do total de empregados do banco. A instituição
financeira não quis fazer qualquer comentário sobre o assunto, tampouco
confirmou o número de demitidos. Nesta sexta-feira, funcionários do
banco paralisaram as atividades de agências de Curitiba, onde fica a
sede da instituição no País, em forma de protesto contra as demissões.
De acordo com informações dos sindicatos dos bancários, o centro
administrativo em São Paulo, onde trabalham cerca de 1,2 mil
funcionários, também ficou paralisado na sexta-feira. Os cortes ocorrem
um mês após o encerramento da greve dos bancários, que chegaram a um
acordo com o sindicato patronal e aceitaram um reajuste salarial de 8,5%
no dia 6 de outubro. A reivindicação inicial dos bancários era de um
reajuste de 12,5%. Ao todo, o HSBC tem 21,2 mil funcionários no Brasil,
segundo dados informados ao Banco Central. Entre os bancos privados, a
instituição é a quarta maior do País e no ranking geral ocupa o sétimo
lugar em número de ativos. O banco não tem capital aberto na bolsa de
valores local e portanto não divulga seus resultados no Brasil como
fazem seus principais concorrentes. De qualquer forma, a matriz da
instituição divulgou os resultados globais do banco na segunda-feira.
Nos negócios da América Latina, o lucro teve uma forte queda, de mais de
55%, puxada por Brasil e México. Em setembro de 2013, as operações
latino americanas tinham apresentado um lucro de US$ 220 milhões, que
caiu agora para US$ 96 milhões. Os sindicatos temem novas demissões em
outros bancos. De um lado, os banqueiros entendem que os reajustes têm
aumentado significativamente as despesas. De outro, os funcionários
alegam que os bancos nunca lucraram tanto, citando principalmente o Itaú
Unibanco, que registrou seu recorde neste ano, com ganhos de R$ 5,4
bilhões somente no terceiro trimestre.
(Informações Bahia noticias)
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