Entre choro e promessas, crianças brasilienses são vacinadas nos postos de saúde
A campanha nacional de vacinação
começou tranquila em Brasília, onde os pais procuraram os postos de
saúde para levar as crianças entre 6 meses e 5 anos de idade. A gotinha,
seguida de injeção, provocava choro mas era dada com rapidez e
paciência pelos profissionais de saúde.
"A pediatra dele também
atende nesse posto, então acho que ele fica com medo porque quando vem
para cá já sabe que é para tomar vacina", conta a auxiliar
administrativa Tainara Trentini, mãe de Nicolas, de 2 anos
Para tentar contornar o medo da vacina, os pais faziam de tudo, de
broncas a promessas de chocolate depois da injeção. A família Castelo
Branco conseguiu contornar a situação estimulando os pequenos Estêvão,
de 2 anos, e Emanuel, de 4 anos, a serem corajosos. E deu certo.
"Eu
fui corajoso e não chorei", contava Emanuel segurando o algodão no
lugar da picada. "Pensei na vacina, que ia ser boa", completou.
A
mãe, Juliana Castelo Branco, diz que a conversa começou antes de
seguirem para o posto de saúde. "A gente fala que o corajoso tem que
tomar [a vacina] para ficar forte e depois ganha um prêmio. Também
ensinamos a pensar numa coisa boa na hora, como no vovô e na vovó",
conta.
Com
choro ou coragem, uma coisa é indiscutível entre todos os pais: a
vacina é indispensável. "A ideia é sempre acompanhar o calendário e não
correr riscos desnecessários", diz o publicitário José Luiz Petroski,
que levou a filha Rafaela, de 4 anos. Apesar das lágrimas, Petroski diz
que a filha não dá trabalho e que já sabe que "dói, mas depois passa".
As
crianças de 6 meses a 5 anos tomam hoje a vacina de poliomielite em
gotinha. As que já têm a partir de 1 ano até 5 anos tomam, também, a
injeção triviral, contra a caxumba, o sarampo e a rubéola. No dia 22
terá nova campanha, mas a enfermeira-chefe do Posto de Saúde 11 do
Distrito Federal, Hélia Carla de Souza, alerta: "quem tomou a vacina
hoje, não precisa tomar de novo no dia 22". A expectativa do Ministério
da Saúde é alcançar 95% de cobertura vacinal.
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