João Durval se despede do Senado sendo menos atuante do que baianos com menor tempo de Casa

João Durval (PDT) foi o primeiro político não filiado ao extinto PFL a ser eleito para o Senado Federal para representar a Bahia desde a redemocratização do Brasil. Em 2006, então com 77 anos, o ex-governador do estado e ex-prefeito de Feira de Santana foi apoiado por Jaques Wagner (PT) e seu filho João Henrique (até ali filiado ao PDT), governador da Bahia e prefeito de Salvador, respectivamente, e teve 46,97% dos votos – superando Rodolpho Tourinho (PFL) e Antônio Imbassahy (PSDB), que obtiveram 34,45% e 17,96%, respectivamente. Os demais candidatos não obtiveram nem um por cento das opções de voto. Sete anos e 10 meses depois de assumir o cargo, o patriarca dos Carneiros entra na reta final do mandato com pouquíssimas contribuições efetivas. No período, João Durval foi autor de apenas 23 proposições no Senado Federal, sendo que nenhuma delas foi sancionada pela Presidência da Republica ou pelo presidente do Congresso Nacional – já passaram pelo cargo Tião Viana (PT), Garibaldi Alves Filho, José Sarney e Renan Calheiros, todos do PMDB. Para se ter uma ideia, o número é quase cinco vezes menor do que o dos outros dois senadores do estado, Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), que assumiram apenas em 2011. A socialista apresentou 158 proposições, enquanto que o petista foi autor de 135 delas. Durval fez 39 pronunciamentos na Casa desde que assumiu o mandato – Lídice fez 50 apenas em 2014 e Pinheiro, 46. Em matérias relatadas, o pedetista também é muito menos produtivo do que os colegas baianos que têm quatro anos a menos de Senado. Enquanto João Durval relatou 56 matérias em seu mandato, Lídice já tem 219 e Pinheiro tem 343.

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