Itália nega registro de casamentos homoafetivos de italianos no exterior

O ministro italiano da Administração Interna afirmou neste domingo (19) que o governo vai anular as transcrições para o registro civil interno dos casamentos de homossexuais celebrados no exterior. "Eu anulo os registros. Na Itália, não está prevista a possibilidade de um casal gay contrair matrimônio, logo não se pode registrar os casamentos realizados no estrangeiro", afirmou Angelino Alfano. O presidente da Câmara Municipal de Roma, Ignazio Marino, registrou no sábado (18) a transcrição de 16 casamentos de homens e mulheres homossexuais, realizados fora do país, apesar de a lei italiana não permitir esse tipo de contrato. Para Alfano, contudo, as assinaturas de Marino envolvidas na cerimônia "são só um autógrafo e não têm valor jurídico". O responsável governamental disse estar disponível para analisar normas que ampliem os direitos dos casais homossexuais, mas reiterou sua oposição a qualquer tipo de matrimônio entre pares do mesmo sexo ou à adoção. Apesar da proibição do ministro e do anúncio do delegado do Governo em Roma, Giuseppe Pecoraro, de que os atos seriam anulados, o presidente da Câmara da capital italiana manteve a decisão e fez os registros dos 16 casais, 11 de homens e cinco de mulheres. A instância local da Igreja Católica emitiu um comunicado em que define os registros como uma "decisão ideológica" e "uma afronta institucional", enquanto a Conferência Episcopal italiana definiu o gesto como "somente uma mistificação em nível midiático e político". Informações da Agência Lusa.

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