Autoridades de segurança do Rio se reúnem pra discutir ataques criminsos na Maré
O governador Luiz Fernando Pezão convocou reunião de emergência agora pela manhã com as forças de segurança do estado para analisar os atos criminosos e confrontos ocorridos nas últimas horas no Complexo da Maré, subúrbio do Rio, onde traficantes rivais se enfrentaram, numa região que está ocupada por forças do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais desde o dia 5 de abril, para instalação de unidades de Polícia Pacificadora na região. Tanques do Exército e dos Fuzileiros Navais estão posicionados no pricnipal acesso à comunidade.
Na Maré, ocorreram dois confrontos: o primeiro no final da noite do dia 30, quando traficantes do Conjunto Esperança, na Vila do João, trocaram tiros com grupo rival do Complexo da Maré. O outro, por volta das 14h30, de ontem (1º), quando a Avenida Brasil chegou a ser fechada por cerca de 40 minutos e motoristas, apavorados, chegaram a retornar pela contramão.
Em nota, o Comando da Força de Pacificação informou que o patrulhamento foi intensificado em toda a área, inclusive com o uso de blindados da Marinha e do Exército. Rondas motorizadas e a pé patrulham o interior da Maré. A Polícia Militar também patrulha o entorno da área de pacificação.
Além desses episódios, também houve enfrentamento nas comunidades da Mangueira e no Parque Proletário da Penha, subúbios da cidade. Na Maré, um jovem morreu e no Parque Proletário da Penha um rapaz morreu ao trocar tiros com uma equipe do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).
No Complexo da Maré, no principal acesso junto à Avenida Brasil, tanques dos Fuzileiros Navais e do Exército estão posicionados na entrada da comunidade e patrulhas da PM dão cobertura à ação ao longo da via expressa. O Complexo da Maré fica próximo às linhas Amarela e Vermelha e dá acesso à Ilha do Governador, onde fica o aeroporto internacional Tom Jobim.
Na noite passada (1º) houve confronto também na Mangueira. Por volta das 22h, disparos foram realizados em uma área de mata próximo a localidade conhecida como Rinha. Cerca de meia hora depois, novos tiros foram ouvidos na localidade conhecida como Prata. Em ambos os casos, não houve disparos por parte dos policiais. O policiamento está intensificado na região e não há relatos de feridos.
No início da madrugada desta quinta-feira, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Alemão estavam em patrulhamento na localidade conhecida como ‘Beco do Sabino’ quando um grupo de criminosos efetuou disparos contra os agentes. Os militares revidaram e outras equipes policiais foram acionadas em auxílio. Na ação, dois homens foram feridos e socorridos pelos policiais. Um homem de 22 anos foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alemão e logo transferido ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde permanece em observação. O outro, identificado como Adriano de Souza da Silva, de 20 anos, foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. Com Adriano, os PMs encontraram uma pistola calibre 9mm. Uma mochila foi apreendida no local contendo um rádio transmissor, 14 trouxinhas de maconha, 176 papelotes de cocaína, 70 pedras de crack e 41 frascos de cheirinho da loló. O caso foi registrado na 22ª DP (Penha).
Em outro extremo da cidade, policiais do Bope apreenderam na madrugada de hoje, em uma oficina de cromagem na Avenida Santa Cruz, em Santíssimo, na zona oeste do Rio, dois fuzis com adaptador para silenciador, um revólver 38 desmontado, 2 coronhas de rifle, uma pistola automática desmontada e uma garrucha. Os agentes também encontraram na oficina, um morteiro, uma granada de bocal, uma algema e um cordão dourado. Segundo a Polícia Militar (PM), a apreensão se deu a partir de informações do Disque-Denúncia e o material encontrado seria cromado. A ocorrência foi encaminhada para a 35ªDP (Campo Grande).
Na reunião, no Centro Integrado de Comando e Contole (CICC) para tratar da questão da segurança, foram convocados o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, o comandante geral da Polícia Militar, coronel José Luís de Castro e autoridades do governo do estado.
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