Relatório diz que cigarro é mais viciante que cocaína

Estudo da organização de controle do tabagismo Campanha Crianças Livres do Tabaco (CTFK), mostra que está mais fácil se tornar dependente de cigarro do que de cocaína e de heroína. O documento, divulgado nesta terça-feira (2), diz que a mudança é resultado de estratégia adotada pelas companhias no sentido de tornar o produto mais viciante. De acordo com o levantamento, ao longo dos últimos 50 anos, os cigarros passaram a apresentar um teor maior de nicotina e tiveram a inclusão de amônia e açúcares na fórmula do produto, o que fez aumentar os efeitos e tornar a fumaça mais fácil de ser inalada. A pesquisa chama também a atenção para o fato de que até o formato do cigarro mudou, com os produtos tendo filtros com pequenos orifícios (muitas vezes imperceptíveis) que fazem o fumante aumentar o volume e a velocidade de aspiração. Outro dado apontado no estudo é que entre 1999 e 2011, o teor de nicotina dos cigarros aumentou 14,5%. Ainda segundo o trabalho, apesar de homens e mulheres fumarem menos atualmente, eles têm um risco muito maior de desenvolver câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica do que em 1964, quando foi divulgado o primeiro relatório produzido pelo governo americano sobre o impacto do tabagismo na saúde. A CTFK criticou o Brasil por suspender uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia a adição de produtos que conferissem sabor para os cigarros.

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