Presidente do STJD diz que não vê discriminação caso torcedor chame jogador de 'bicha'
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Caio Rocha, diz que não vê discriminação caso torcedores chamem um jogador heterossexual de "bicha" durante uma partida de futebol. Segundo declarações de Rocha publicadas na coluna "Painel FC", do jornal Folha de S. Paulo, esses gritos são usados durantes as partidas "com a intenção de ofender, não de discriminar. O ato discriminatório tem que ser direcionado a pessoas com características diferentes às do autor da ofensa", disse o presidente do órgão desportivo. Segundo Rocha, caso haja este tipo de incidente, o clube mandante pode ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de “desordem”, e não em um caso de discriminação. O dirigente ainda fez uma analogia pessoal para explicar sua linha de raciocínio. “Se eu andar na rua e me chamarem de ‘bicha’, não vou me sentir discriminado porque eu não sou homossexual. Vou me sentir ofendido”, comparou.
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