OMS avalia medicamentos e vacinas contra o ebola
A Organização Mundial da Saúde (OMS) começou hoje (4) uma reunião de emergência
com
mais de 150 especialistas em medicina e ética para discutir os tratamentos e vacinas disponíveis contra o vírus ebola. A OMS anunciou o encontro depois de a União Africana ter divulgado que vai promover encontro, na próxima segunda-feira (8), para definir umaestratégia de combate à epidemia na Costa Oeste da África.
Em Genebra , na Suíça, os profissionais convocados pela OMS analisarão, durante dois dias, os oito medicamentos disponíveis e as duas vacinas utilizadas até o momento. A lista de medicamentos inclue a droga experimental, ZMapp, usada com sucesso em Atlanta,
nos
Estados Unidos, no tratamento de dois norte-americanos que haviam contraído a doença na Libéria. Testes com a substância também revelaram resultados positivos na cura de macacos que receberam o medicamento até cinco dias depois da contaminação.
De acordo com o último balanço divulgado pela OMS, até o momento foram infectadas 3,5 mil pessoas pelo virus ebola neste ano, das quais 1,9 mil morreram, o que equivale a um índice de mortalidade de 66,5%. A epidemia está concentrada, principalmente, na Guiné-Conacri, Libéria e em Serra Leoa.
A OMS também vai avaliar o uso de “plasma convalescente", a parte do sangue que contém os anticorpos que ajudam a combater a infecção. Pesquisas anteriores sugeriram que a técnica poderia funcionar. Os especialistas analisarão ainda a eficiência, no tratamento, da imunoglobina humana conhecida como Hiperimune, que contém altas taxas de um anticorpo especifico, obtido por meio da purificação e concentração de plasma de animais ou pessoas infectadas. A Hiperimune é amplamente utilizada contra outros agentes infecciosos em seres humanos.
Com relação às vacinas, os Estados Unidos já fazem testes humanos, e o Japão anunciou que também tem pesquisas adiantadas que poderiam ser usadas. Mas, além de avaliar medicamentos e vacinas, a OMS pretende discutir questões éticas, legais e regulamentares sobre as recentes pesquisas que envolvem a cura ou neutralização do vírus ebola
(Fonte Agência Brasil)
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