'Há excesso de médicos em Salvador e na Bahia', diz presidente da ABM
A quantidade de médicos em Salvador e na Bahia é mais do que suficiente. Essa posição é do presidente da Associação Baiana de Medicina (ABM), Antônio Carlos Vieira Lopes. Segundo ele, o problema não é de número, mas de distribuição. "Há excesso de médicos em Salvador, assim como na Bahia e no Brasil. O problema é de distribuir bem. O que a gente quer discutir é isso", alegou em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com Vieira Lopes, no estado existem em torno de 17 mil médicos em atividade, com mais da metade na capital. Entre oito e nove mil estão em Salvador, informa. A posição vai de encontro com as reclamações da sociedade e ações recentes do governo, como o programa Mais Médicos lançado há um ano, que prevê contratação de profissionais para atenção básica, além de criação de cursos e de residências em medicina. Na Bahia, 14 universidadesoferecem cursos para a formação médica, três delas ainda em turmas iniciais ou em fase de seleção. Outras seis cidades também foram autorizadas a abrirem faculdades de medicina: Alagoinhas, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Jacobina e Juazeiro. Vieira Lopes também é contra a abertura desses instituições de ensino. "Nós já temos mais médicos que os Estados Unidos. Estatisticamente, não precisamos formar mais médicos", critica. O presidente da ABM afirmou também que enquanto não houver condições "seguras" de contratação para a categoria, os médicos devem permanecer nos mesmos lugares de antes, argumento defendido por quase a totalidade das categorias médicas do país quando foi lançado o Mais Médicos."Eles vão ficar porque é nesses locais que eles podem viver melhor, criar seus filhos, ter uma vida normal", argumentou ao citar a forma de pagamento de bolsas (e não salários) previstas no programa, além da dispensa de férias, entre outros benefícios. Nesta segunda-feira (22), a ABM realizou um debate com o título “O que precisamos saber” sobre o que considera "excesso" de cursos. Entre os convidados, representantes da classe médica baiana, como o ex-governador e secretário de Saúde da Bahia, Roberto Santos, que dá nome a um dos poucos hospitais gerais do estado.
(Fonte Bahia noticias)
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