Falabella compara críticos de sua minissérie a ‘capitães do mato’ e não vê racismo

Diante de uma polêmica que paira sobre a minissérie “Sexo e as Negas” – movimentos negros e cidadãos consideram que a expressão no título e enredo são de cunho racista – o diretor do programa que irá ao ar no dia 16 de setembro, Miguel Falabella, manifestou-se na rede social Facebook nesta terça-feira (9). Além de considerar que a expressão “negas” foi colocado como uma mera questão de prosódia – ou seja, uma transcrição da fala coloquial – Falabella comparou os críticos do programa a “capitães do mato”, personagens conhecidos da história brasileira como caçadores de negros fugidos. “Como é que saem por aí pedindo boicote ao programa, como os antigos capitães do mato que perseguiam seus irmãos fugidos? O negro mais uma vez volta as costas ao negro. Que espécie de pensamento é esse? Não sei o que é mais assustador. Se o pré-julgamento ou se a falta de humor”, alfinetou. O diretor argumentou que o programa trará para o protagonismo mais atores negros. “Estou nessa profissão há muitos anos. Não consigo confessar quantos. [...] dói-me ver a luta de meus colegas negros na nossa profissão. As oportunidades são reduzidas, não trabalham sempre e, sem exercício, não há aprendizado, como sabemos. Pensei que aquela ideia [...] pudesse ser um programa que refletisse um pouco a dura vida daquelas pessoas, além de empregar e trazer para o protagonismo mais atores negros”, alega o diretor, em depoimento. Além de classificar a reação negativa como “caretice”, o também diretor de “Pé na Cova” ainda redarguiu que o objetivo do programa seria justamente “destrinchar” os estereótipos. “Vai dizer agora que eu sou racista? Ah! Nega...Dá um tempo... Dito isso, faço como Truman Capote: never complain e never explain! (Nunca reclame e nunca explique)”, finalizou. 

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