Crack: 'Pretos e pardos' são 80% de usuários do país
No universo de usuários de crack, a cor da pele é algo
flagrante. Cerca de 80% dos habitantes das chamadas "Cracolândias" é
composto de pessoas não brancas. O dado consta na "Pesquisa Nacional sobre o Uso de Crack"
realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o IBGE, a
população de não brancos, ou basicamente "pretos e pardos", correspondeu
a 52% da população brasileira no Censo de 2010. No ambiente escuro do
crack, só 20% de usuários foram identificados como brancos. A pesquisa,
realizada nas 26 capitais, Distrito Federal, nove regiões metropolitanas
e em municípios de médio e pequeno porte, apontou outros diagnósticos.
Quanto à proporção de usuários que cursaram ou concluíram o ensino
médio, o percentual dos dependentes é baixo (16,49%). Entre aqueles que
cursaram uma faculdade, o buraco ainda é mais fundo. A situação é
considerada “baixíssima” e é representada por gritantes 2,35% dos que já
cursaram nível superior. O relatório também informou que a ampla
maioria dos usuários "esteve em algum momento" na escola, o que reforça a
necessidade de projetos de educação para o público. No quesito de
moradia, a pesquisa também informou que 40% dos usuários se enquadram na
chamada população de rua. As capitais, neste aspecto, mostraram um
contingente maior do que em cidades interioranas, com 47,28% ante 20%
dos usuários que residem nos municípios menores. A Fiocruz diz que neste
ponto, usuários de capitais como Salvador estariam mais abandonados,
sem quase vínculos com domicílios de origem.
(Informaçoes Bahia noticias)
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