Caso Bernardo: amiga de madrasta diz que casal queria 'se livrar' do menino

Em depoimento à polícia sobre o caso Bernardo, a testemunha que se diz amiga da madrasta afirmou que tanto ela quanto o pai do garoto queriam “se livrar” dele. A mulher disse que recebeu a visita de Graciele dois meses antes do assassinato de Bernardo onde mora, na cidade de Redentora, no Rio Grande do Sul. A madrasta teria dito que Bernardo tinha um comportamento “difícil” e que “se Leandro [pai de Bernardo] tivesse um sítio com um poço já teria feito isso [se livrar de Bernardo] há muito tempo”. Quando ela questionou o motivo do casal não delegar a responsabilidade do menino à avó, Graciele teria respondido que ela “desistiu” do neto pelo seu mau comportamento, assim como “os psicólogos também teriam desistido de tratar o menino”, de acordo com informações do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Além disso, a madrasta teria dito que “sonhava em se casar com um homem rico, de preferência um médico”. A testemunha alegou que não havia reportado as declarações da amiga porque ela costumava mentir e exagerar no que falava. O casal está preso desde 14 de abril, quando foi encontrado o corpo do menino enterrado em Frederico Westphalen, município próximo de Três Passos, no Rio Grande do Sul. O suicídio da mãe de Bernardo, em fevereiro de 2010, é colocado em dúvida pela avó de Bernardo, que quer a abertura da investigação da morte da filha. Para o advogado Marlon Taborda, que representa Jussara Uglione, avó de Bernardo, gravações entregues para a perícia têm pistas que indicam que a mãe do garoto foi assassinada

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