Paraná não pediu ajuda de Ministério para fim de motim em Cascavel; rebelião encerrou, diz juiz
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), não solicitou até o início da noite desta segunda-feira (25) ajuda do governo federal para lidar com a crise na Penitenciária Estadual de Cascavel, informou o Ministério da Justiça. A pasta afirmou que as autoridades de Brasília estão "monitorando" a situação do Paraná. A crise tomou grandes proporções nesse domingo, quando presos começaram uma rebelião. Entre 15 e 20 pessoas teriam morrido na revolta, informou o juiz da Vara de Execuções Penais Paulo Damas, em entrevista concedida nesta segunda-feira. Na entrevista, o juiz também disse que a rebelião chegou ao fim, mas a secretaria não confirmou a informação. No início da noite, o jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com a secretaria. É preciso um pedido formal do governo paranaense para que o governo federal ajude na repressão contra a rebelião ou no atendimento às reivindicações dos presos. Dois casos recentes em que a ajuda foi solicitada aconteceram no Maranhão e em Santa Catarina. O caso maranhense começou a ganhar notoriedade no fim de 2013, quando a Casa de Detenção de Pedrinhas foi palco de confronto entre duas facções criminosas. A crise se arrastou até 2014. Imagens chocantes de presos decapitados foram divulgadas e o governo local aceitou ajuda federal para lidar com a situação - uma das medidas de cooperação foi o envio da Força de Segurança Nacional para o Maranhão. Também em 2013, diversas cidades catarinenses registraram ataques com incêndio de carros e disparos de tiros. Um dos atos do governo local foi solicitar a transferência de líderes criminosos de presídios estaduais para federais. A Força Nacional de Segurança Nacional também atuou em Santa Catarina.
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