Mais de 500 mil pessoas morreram no trânsito de 2003 a 2012, diz UFRJ
Acidentes de trânsito deixaram mais de 536 mil
mortos no Brasil em dez anos, contabilizou uma pesquisa do Instituto
Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). A principal base de
dados utilizada foi a da Seguradora Líder Dpvat, responsável pelo
pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores
de Vias Terrestres (Dpvat). O levantamento começa no ano de 2003, com o
registro de 34,7 mil mortes no trânsito, e constata um crescimento de
quase 100% até 2007, ano em que é atingido o pico de 66,8 mil mortes. "É
um número assustador de mortos, mas ninguém dá a menor bola para isso.
As pessoas acham que faz parte da vida, mas é uma cidade de grande porte
que faleceu nos últimos dez anos", destaca o professor de engenharia de
transporte da Coppe, Paulo Cézar Ribeiro. O banco de dados do Dpvat
mostra ainda um número de quase 2 milhões de feridos nos acidentes, com o
pico de 447 mil em 2012. No período, foram registrados 13 milhões de
acidentes, sendo 8,1 milhões sem vítimas. O estudo estima, ainda, que
cada morte no trânsito em área urbana custe R$ 232,9 mil, menos que a
metade do custo das que ocorrem em rodovias, que somam R$ 576,2 mil. O
professor responsável pela pesquisa defende que é preciso estudar esses
acidentes para que se possa enfrentar esse cenário. "Ninguém apoia
acidentes de trânsito. Todo mundo é contra, mas as pessoas continuam
dirigindo perigosamente e construindo vias ruins. É preciso mapear. Cada
acidente tem que ser analisado, para definir se o motorista foi
imprudente, se a estrada é perigosa, se a velocidade máxima está alta",
defende. Informações da Agência Brasil.
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