E se Lula voltar ao palco?
Há três dias aqui do BN chamei atenção sobre a possibilidade do
retorno da campanha “volta Lula” para que o seu PT não venha entrar em
derrocada diante das dificuldades que Dilma Rousseff e do seu governo
enfrentam, agora com a economia em recesso técnico, Guido Mantega à
frente do ministério da Fazenda. Ainda está viva a idéia. Só que, agora,
com a disparada de Marina Silva, se Lula tentar uma reviravolta terá
que pensar dez vezes. Se Dilma perder a eleição o teto cai sobre o PT,
mas se acontecer com o líder e fundador do partido será muito diferente.
Com ele comandando a campanha, o que já acontece na República e nos
estados, e se vier a tomar o lugar que é ocupado por Dilma e não houver
uma reviravolta e ele perder as eleições, o PT corre o risco de virar
uma lembrança, porque jamais encontrará um líder com é Luiz Inácio. Nos
altos escalões do PT o “volta Lula” é ainda uma realidade, que poderá
desaparecer com a última pesquisa Datafolha em que há um empate cravado
no primeiro turno e uma sova no segundo turno, com Marina colocando 10%
dos votos à frente de Dilma. Pode-se, no entanto, observar, aqui mesmo
no BN, a declaração feita pelo governador Jaques Wagner ao jornal A
Tarde, recomendando esperar mais cinco, seis dias. O que acontecerá até
lá, a não ser a possibilidade de um retorno ao voto de Lula, cuja data
mágica é o sete de setembro? Há sinais, sim. Mas é fato que a pesquisa
Datafolha trouxe uma realidade que o PT não esperava. Aí surge o dilema:
vale a pena Lula voltar – se for o caso - e apostar todo o seu
prestígio de líder carismático?
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