Crise em abastecimento de remédios no interior é investigada pelo MP
Os atrasos em repasses de remédios para cidades do interior baiano têm
sido constantes, como informa investigação do Ministério Público do
Estado (MP-BA). A apuração tomou como ponto de partida uma representação
da Secretaria de Saúde de Mata de São João, região Metropolitana de
Salvador, que apontou irregularidades na remessa de medicamentos. Em
seguida, o inquérito foi aberto pelos promotores do Centro de Apoio
Operacional de Defesa da Saúde (Cesau). Segundo matéria do Correio,
desde que a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) se comprometeu a
repassar remédios para municípios, através de um acordo em que a pasta
estadual receberia recursos da União e remeteria depois para as cidades,
o problema se agravou. Ao todo, 289 municípios firmaram o pacto. Pelas
regras do Componente Farmacêutico da Atenção Básica, criado em 2006, que
garante o fornecimento de remédios pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a
União repassa R$ 5,16, ao ano, para cada pessoa, enquanto Estados e
Municípios firam responsáveis por R$ 2,36 por pessoa, também anualmente.
Os municípios que enfrentam o problema teriam feito o acordo com a
Sesab como forma de eliminar a burocracia e ter mais condição de
barganha para conseguir preços mais vantajosos.
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