Governo manterá criação da política de participação social por decreto
O governo decidiu que não mudará a forma de criação da Política Nacional
de Participação Social (PNPS) – instituída por decreto presidencial, em
maio. A decisão foi informada hoje (1º) pelo ministro-chefe da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que, desde
junho, tenta solucionar o impasse criado pela medida entre governo e
oposição.
“[Gilberto Carvalho] veio se colocar à disposição para discutir a
questão dos conselhos. Eu esperava compreensão [do governo] em relação à
retirada [do decreto] e envio sobre a forma de projeto de lei, mas não
foi possível”, disse Alves.
O presidente da Casa deve tomar uma
posição sobre o assunto antes da reunião de líderes, marcada para as
14h30, quando será definida a pauta de projetos prontos para ser votados
ainda esta semana.
O texto da PNPS foi criado no fim de maio
pelo governo, instituindo conselhos populares para assessorar a
formulação de políticas públicas com integrantes indicados pelo
Planalto. A oposição na Câmara reagiu rapidamente e apresentou outro
projeto (PDC 1.491/14) para anular a política e conseguiu obstruir a
pauta de votações em plenário.
O DEM, um dos principais críticos da medida, considera a política
“arbitrária e ditatorial”. A posição do partido, autor da proposta para
anular o decreto, é a de que o texto governo invade a competência do
Legislativo. Alves tinha antecipado que se o governo não atendesse à
proposta ele iria incluir o projeto que susta o decreto na pauta da
Câmara, mas só deve se pronunciar depois da conversa com as lideranças
dos partidos.
Antes de deixar o Congresso, Gilberto Carvalho
descartou a possibilidade de deixar o governo antes do final do ano para
participar da campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
“Fico até dezembro. Preciso trabalhar muito”, garantiu.
Fonte Agência Brasil
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