Hospital das Clínicas sofre com aparelhos encaixotados há dois anos

Apesar de contar com equipamentos novos para atender a população, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), mais conhecido como Hospital das Clínicas, em Salvador, não usa muitos deles nos procedimentos, o que causa mortes e redução da capacidade de atendimento da unidade. A denúncia é da reportagem do Correio. Segundo o jornal, em um dos corredores do térreo da unidade (acesso ao ambulatório de infectologia) caixotes de madeira guardam, há cerca de dois anos, um aparelho de ressonância magnética fora de uso por falta de espaço. Outros equipamentos como aparelhos de endoscopia e medicina nuclear também se encontram "gaurdados" no térreo, o que prejudica a realização de exames e tratamento de radioterapia. Ainda segundo a reportagem, a ala de cirurgia opera com apenas 30% da capacidade. Um dos motivos é que o centro cirúrgico está interditado por obras. Administrado pela Ufba, o Hospital é referência para pacientes de Aids no estado, com atendimento de 80% de soropositivos na Bahia. O Hupes também é referência no tratamento das hepatites B e C, com até 20 mil pacientes atendidos por mês; e em doenças raras, com acompanhamento de cerca de quatro mil pessoas com enfermidades congênitas e genéticas, além de pacientes com câncer. O vice-reitor da Ufba, Luiz Rogério Bastos, afirmou desconhecimento de detalhes da situação do aparelho de ressonância. Bastos informou também que foram gastos milhões de reais em equipamentos com recursos do Ministério da Saúde e da Educação.

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