Conheça os malefícios do cigarro para os períodos pré e pós operatório

As mais de 4700 substâncias tóxicas presentes no cigarro causam, dentre vários problemas de saúde, a diminuição na capacidade de oxigenação sanguínea, causando obstruções vasculares e alterando a resistência que o sangue oferece ao seu próprio movimento – e isso pode causar um grande problema quando se trata de cicatrização, por exemplo. Para pessoas que desejam fazer uma cirurgia plástica, é preciso parar de fumar por pelo menos sete dias antes do procedimento e três dias após a realização. “Mas o ideal mesmo é parar de fumar com meses ou semanas de antecedência. A nicotina interfere diretamente na cicatrização da pele – e, se a pele demora para cicatrizar, os microrganismos podem penetrar na cirurgia e produzir uma indesejada infecção”, explica o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR. Esse é apenas um dos malefícios do cigarro quando o assunto são os períodos pré e pós operatório.

O especialista comenta que tanto fumar o cigarro quanto somente a inalação da sua fumaça prejudicam na cicatrização, porque ambas as ações fazem mal as células formadoras de colágeno, os fibroblastos, que são essenciais para a cicatrização. “Além disso o cigarro facilita com que haja a necrose da extremidade da pele descolada durante a cirurgia ou ainda trombose e embolias. Isso acontece porque a vasoconstrição apresentada pelo fumante diminui o fluxo de sangue, afetando o aporte de oxigênio aos tecidos, podendo ocasionar a necrose do tecido”, resume Pacheco. Como se não bastasse, o cigarro também aumenta as chances de uma cicatriz hipertrófica e com quelóides.

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