'Pensei que nunca ia ser condenado por uma coisa que não fiz', diz guarda condenado
José Pereira da Conceição Jr, 47 anos, casado, pai de três filhos: um rapaz de 23 anos, outro de 22, e uma menina de 10 anos. Negro, morador do bairro do Curuzu, na Liberdade, um cara pacato, que trabalha desde os 17 anos, e completou 18 anos “dentro da Marinha”. José Pereira foi para o Rio de Janeiro na década de 1980, não gostou de viver lá, voltou para Salvador em 1987, se virou como pode, vendeu lanches, até que virou servidor da Prefeitura de Salvador, como agente comunitário de saúde. A divisão em dois trabalhos era necessária para sustentar a família e dar a melhor educação possível aos filhos. Ele conciliava a função de agente comunitário de saúde com a de guarda municipal de Lauro de Freitas. José Pereira desempenhava a atividade de agente de saúde há 15 anos, e na guarda municipal. Ele pretendia fazer um curso superior de gestão em segurança pública. Mas os planos foram interrompidos quando foi preso no dia 20 de julho de 2011, sob a acusação de cometer um delito terrível: estupro seguido de homicídio. Ao Bahia Notícias, em uma entrevista realizada dentro da Penitenciária Lemos de Britto, com autorização da Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (SEAP), ele conta sua história, sua trajetória de vida, e fala como foi o dia em que foi preso. “Eu fui acusado desse crime sem saber porque, nem quando, nem como tinha acontecido”, diz. “Eu, muito confiante na justiça, estava pensando que a Justiça não errava. E aconteceu isso, de ser sentenciado por uma coisa que eu não fiz, sem nenhuma prova contra mim. Leia a matéria na íntegra na coluna Justiça e saiba mais sobre a história de José Ferrreira, que diz ter sido condenado injustamente.
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