Esclerose múltipla: Pacientes aguardam medicamento oferecido pelo SUS

O dia mundial da esclerose múltipla é lembrado nesta quarta-feira (28). De diagnóstico difícil e com sintomas como esquecimento e perda momentânea de coordenação motora, a doença atinge na maioria mulheres entre 20 e 40 anos. Entidades que defendem pacientes com a enfermidade esperam a incorporação urgente de um tratamento oral, o fingolimode, no rol do Sistema Único de Saúde (SUS). O fingolimode já tem a comercialização autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para ser incluído na atenção gratuita, o medicamento terá de ser analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS. O colegiado exige documentos e estudos que comprovem eficácia, segurança para o paciente e custo-efetividade dos produtos. Atualmente, o SUS oferece três medicamentos para a doença (Betainterferonas, Glatirâmer e Natalizumabe). Segundo a Agência Brasil, em todo o Brasil 1,6 mil pessoas recebem o fingolimode judicialmente. O remédio custa pelo menos R$ 6 mil reais por mês de tratamento, mas se absorvido pelo SUS sairá em torno de R$ 2,3 mil aos cofres públicos. Para o neurologista e professor da Santa Casa de São Paulo, Charles Peter Tilbery, o medicamento é importante, mas não é a primeira opção. Também não é indicado para todos os casos de esclerose múltipla, mas para 15% dos pacientes. A doença, que é inflamatória, acomete quem tem vulnerabilidade genética, mas não há conclusões sobre fatores externos. Tilbery afirma que a esclerose múltipla não é degenerativa: “No caso de a doença não ser tratada é que traz degeneração neurológica”, alerta.

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