Marido de juíza, suposto advogado é preso por crimes sexuais na internet

O suposto advogado Ricardo Lopes Hage, marido de uma juíza do Trabalho, está preso na sede da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), nos Barris, em Salvador, acusado de extorsão e crimes sexuais pela internet. O Bahia Notícias apurou que a prisão temporária de 30 dias, iniciada na última sexta-feira (18), foi solicitada pela Justiça após denúncias de mulheres e até adolescentes que se diziam vítimas de chantagem do jurista. O sigilo telefônico de Hage foi quebrado, bem como expedidos mandados de busca e apreensão para capturar, segundo o processo, "fotos, papéis, celular, aparelhos eletrônicos e qualquer mídia que armazene dados, incluindo-se disquetes, CDs, DVDs, pendrives, HDs externos, CPUs e cartões de memória, que estejam em poder do investigado e na sua residência", situada em um condomínio de luxo no bairro de Patamares. De acordo com as investigações do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, lideradas pela delegada Susy Anne Brandão, Ricardo Lopes Hage se escondia atrás de um perfil feminino falso no Facebook para atrair mulheres. À medida em que conquistava a confiança das amigas virtuais, ele pedia fotos íntimas, conseguia número de telefone e fazia propostas indecentes. Depois se identificava como homem, enviava imagens obscenas e ameaçava divulgar na internet o teor do contato, caso não obtivesse sexo. O processo já está em segunda instância e corre na Segunda Turma da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O relator é o desembargador Osvaldo de Almeida Bomfim. Em nota enviada ao BN, a seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) negou que o acusado seja profissional da área. "A OAB da Bahia esclarece que Ricardo Lopes Hage não é advogado. Ele teve uma carteira de estagiário da OAB, que venceu no dia 26/07/2013, e que lhe foi concedida dois anos antes, em 26/07/2011, quando estagiava no Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Dom Pedro II", esclarece o comunicado. Inicialmente, a reportagem divulgou, com base em informações da SSP, que o acusado seria parente do ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) Jorge Hage, mas a assessoria do órgão federal negou qualquer grau de laço familiar entre o ministro e Ricardo Lopes
(por Evilásio Júnior/Bahia noticias)

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