A rebelião ocorrida no Conjunto Penal de Eunápolis, no
extremo-sul da Bahia, iniciada às 9h30 e contida por volta das 17h30
desta segunda-feira (28), deixou seis mortos e sete feridos, segundo
informações do major Gilson Paixão, diretor da unidade prisional.
“Estamos fazendo o levantamento de tudo e vamos fazer a movimentação
para saber para onde encaminhar os detentos envolvidos na rebelião”,
detalhou, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo o oficial, os
internos quebraram portas e grades e incendiaram colchões e lençóis, o
que deixou a ala provisória, onde aconteceu o conflito, completamente
destruída. O Departamento de Polícia Técnica realiza a perícia dos seis
corpos e, após a conclusão do procedimento, as identidades dos presos
mortos por outros internos deverão ser divulgadas. “Amanhã [terça, 29],
vamos sentar com a Execução Penal, e a Seap para poder verificar onde
ficarão”, afirmou o major. O gestor confirmou que a unidade prisional,
apesar de ter capacidade para 447 pessoas, abriga atualmente 594. O
levante começou pela manhã, quando agentes penitenciários do conjunto
penal realizariam uma vistoria.
“Na realidade, eles se negaram a entrar na cela e partiram para
agredir os servidores e os PMs que faziam a segurança. Os outros que
estavam ao redor aproveitaram para atacar e um dos PMs fez o disparo
para não ser pego”, contou Paixão. Segundo a Secretaria de Administração
Penitenciária e Ressocialização (Seap), foram arremessados objetos
contra os funcionários. Após um detento ser ferido na perna com o
disparo, a confusão começou. Os 341 presos da ala destruíram também o
pátio da unidade. A revista que seria realizada é rotineira, afirma o
major, e acontece mensalmente. Os policiais militares da 7ª CIPM
(Eunápolis) que faziam a segurança dos agentes penitenciários já
trabalham no presídio. Todos presos mortos por internos dos quais eram
inimigos foram amarrados a colchões e tiveram seus corpos queimados.
Entre as vítimas estavam condenados por estupro. Os sete feridos,
inclusive o detento baleado na perna por um policial, foram socorridos
para o Hospital Geral de Eunápolis. Segundo informações da Seap, a
equipe da 7ª CIPM conteve a rebelião com o apoio da Companhia
Independente de Policiamento Especializado Mata Atlântica (Caema), do 8º
Batalhão de Porto Seguro e do 13º Batalhão de Teixeira de Freitas.
(Fonte Bahia noticias)
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