Com Aedes aegypti como transmissor, vírus chikungunya pode proliferar no Brasil, diz estudo
Depois de ter causado epidemias na Ásia, África, Europa e Caribe, o vírus chikungunya tem grande chance de proliferar no Brasil e em outros países americanos, de acordo com um estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Pasteur. A pesquisa foi publicada no Journal of Virology e afirma que em cidades populosas, como o Rio de Janeiro, com grande infestação de um dos vetores da doença, o mosquito Aedes aegypti (também transmissor da dengue), o risco de disseminação é muito alto. A preocupação dos pesquisadores com o avanço da doença na América Latina foi o relatos de casos suspeitos da febre do chikungunya na ilha de Saint Martin, no Caribe, segundo o coordenador do estudo, Ricardo Lourenço, do Laboratório de Hematozoários do IOC. "Desde 2004, o vírus vem se alastrando pelo mundo e já houve registro de casos importados no Brasil, envolvendo pessoas que viajaram para outros países. A transmissão da doença em solo brasileiro ainda não ocorreu, mas a pesquisa recém-concluída revela que há um risco real e é preciso agir para evitar uma epidemia grave, uma vez que os mosquitos transmissores são os mesmos da dengue", disse. Assim como a dengue, não há vacina e remédio específico contra o chikungunya, apenas hidratação e uso de medicamentos para tratar os sintomas da doença, que são semelhantes ao da dengue, mas somam-se a dores nas articulações que podem durar vários dias. Com informações do portal Terra.
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