Justiça volta atrás e determina isolamento de líder do PCC
Depois de negar, pela segunda vez, o isolamento do principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola), o Tribunal de Justiça (TJ) determinou a transferência do condenado para cumprir Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na Penitenciária de Presidente Bernardes. Além de Marcola, foram transferidos, nesta terça-feira (11), outros três integrantes do PCC: Cláudio Barbará da Silva, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes Machado, o Du Bela Vista. Os quatro cumpriam pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão detidas as principais lideranças do PCC.
Diversas viaturas e o helicóptero Águia da PM acompanharam o comboio dos presos nos 42 quilômetros que separam a P-2 de Venceslau e a penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, onde eles vão cumprir o regime mais duro. Os agentes penitenciários que estão em greve nas duas unidades auxiliaram na remoção, embora pela manhã houvesse uma ameaça de que transferência pudesse enfrentar dificuldade por causa da paralisação, que suspendeu as remoções de presos entre as unidades prisionais. Mas, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, Daniel Grandolfo, a decisão de ajudar na transferência ocorreu "por questões de segurança".
A decisão foi tomada como punição pelo frustrado plano que os quatro criminosos montaram para fugir da P-2. A operação, que previa o uso de dois helicópteros e uso de armamento pesado, foi descoberta por investigadores do Ministério Público e da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Marcola e companheiros vão cumprir uma medida de cautelar até o julgamento do mérito da ação que pediu sua transferência. Durante este período ele ficará isolado por 22 horas - as duas horas de sol por dia será isolada, sem acompanhantes -, estará proibido de receber visitas íntimas e não poderá ver TV, ouvir rádio ou ler jornais. A visita de advogados é dividia por vidro com os interlocutores conversando por microfone. O isolamento, segundo promotores, é importante para cortar a cadeia de comunicação do comando da facção com seus integrantes.
(Inf. Bahia noticias)
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