Humanos passam por evolução ‘inédita’; mudanças ocorrem na estatura, menstruação e masculinidade
A espécie humana está mais alta, gorda e sexualmente precoce, além de menos fértil. Para o biólogo francês Jean-François Bouvet, essas mudanças não traduzem necessariamente uma mutação no homo sapiens, mas uma evolução inédita em seus 200 mil anos de existência. "Pela primeira vez em sua história, a modificação de seu meio ambiente pelo Homem é o principal fator de sua evolução, superando a seleção natural. Não é uma evolução no sentido de Darwin, mas uma retroevolução", diz Bouvet em entrevista à AFP. No livro "Mutants, à quoi ressemblerons-nous demain?" ("Mutantes, como seremos amanhã?"), o cientista explora a "multiplicidade das mudanças e transformações, por vezes radicais, que afetam os seres humanos em diversos âmbitos" há décadas. De acordo com o biólogo, uma tendência que se observa em qualquer região do mundo é o tamanho da estatura. Na França, houve um crescimento médio de cinco centímetros na altura da população. Outra mudança, é a chegada precoce da puberdade, "sobretudo entre as meninas, mas não unicamente nelas", indica. De forma paradoxal, esta precocidade sexual vem acompanhada de uma "fertilidade em queda livre", diz Bouvet. O pesquisador afirma também que os homens têm também sentido as transformações. No mundo, a concentração de espermatozoides no sêmen reduziu em 40% nos últimos 50 anos. O homem também apresenta cada vez menos traços "masculinos". A redução do nível de testosterona e a suavização de outras características biológicas associadas à masculinidade são fatores para estas mudanças. Informações do Terra.
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