Galinhas e gatos são usados para combater insetos em presídio de Jequié

Pelo menos 14 galinhas e 50 gatos convivem com detentos no presídio do município de Jequié, no sudoeste da Bahia. Os animais foram colocados no local para combater escorpiões, baratas e ratos que se proliferam nas dependências da unidade prisional. A proliferação dos insetos acontece, de acordo com informações da Defensoria Pública do estado, pela falta de limpeza da rede de esgoto do presídio superlotado. Mesmo com capacidade para 368 detentos, a unidade abriga 857 em condições precárias.
"Faltam colchões, vigilantes, agentes, policiais...", diz a defensora pública Yana Araújo que ainda indica problemas na infraestrutura do prédio, como infiltrações e rachaduras. Falta de alimentos, sistemas de alarme, cobertores e água são outras deficiências do local. A situação foi relatada em ação judicial, na qual a Defensoria Pública pediu a proibição da transferência, para Jequié, de detentos da cidade de Vitória da Conquista, na mesma região. 
A Justiça acatou o pedido na semana passada. Em janeiro deste ano, o governo divulgou que o sistema prisional baiano terá mais 3.822 vagas, que serão disponibilizadas em Vitória da Conquista, Salvador, Itabuna, Barreiras, Irecê, Brumado, Paulo Afonso e Juazeiro. As informações são do UOL que tentou contato com a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap), mas não obteve resposta.

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