Compulsão por sexo traz culpa, autodepreciação e exposição a riscos, diz psiquiatra

Pessoas com apetite sexual desenfreado raramente se sentem satisfeitas com a busca pelo prazer. Tematizado no filme “Ninfomaníaca – Volume 1”, de Lars Von Trier, em cartaz nos cinemas, o tema é vivido pela protagonista que relata momentos de culpa, autodepreciação e exposição a riscos. "O sexo, que era para ser prazeroso, vira obsessão e traz uma série de prejuízos", afirma Marco de Tubino Scanavino, médico do Instituto de Psiquiatria do HC da USP. "As pessoas procuram tratamento dizendo que estão erradas, arrependidas e julgando-se negativamente," acrescenta. Ainda no filme de Trier, Joe não esclarece uma agressão que sofreu e acredita que a culpa é dela. "O compulsivo age dessa forma mesmo correndo o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Há quem se exponha a garotos e garotas de programa que roubam e agridem e a parceiros anônimos que podem trazer problemas", diz Scanavino. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os homens correspondem a 80% das pessoas com apetite sexual excessivo e o transtorno é chamado de satiríase e não ninfomania, como é para as mulheres. Ainda na matéria, estudos apontam a prevalência entre homens gays e bissexuais, principalmente pela facilidade de acesso a locais como saunas, onde há maior disponibilidade de parceiros. Estudiosos mais ligados à dependência química veem o problema como vício sexual, mas há outros pesquisadores que detectam o problema como transtorno obsessivo-compulsivo ou impulso sexual excessivo.
(Inf. Bahia noticias)

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