Presidiários ordenam estupros nas ruas do Maranhão

Irmãs e esposas de detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), não são as únicas a serem estupradas por líderes de facções criminosas dentro das unidades. Segundo denúncia recebida nesta quinta-feira (26) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os abusos sexuais não se restringem ao interior da unidade, apesar de serem ordenados de lá. A ordem é dada, conforme a denúncia, por líderes de facções, possivelmente por meio de celulares que entram escondidos na unidade. As vítimas são principalmente mulheres do interior do estado que viajam à capital para visitar o marido e parentes em Pedrinhas, de acordo com o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Rafael Silva. Na semana passada, uma rebelião no local terminou com quatro mortos, três deles decapitados. Após a rebelião, a prisão foi visitada por uma comitivado Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), promotores e advogados. Só este ano, 59 presos morreram no presídio de Pedrinhas, onde vivem cerca de 2,5 mil homens, em um espaço projetado para 1,7 mil, segundo o CNJ e a OAB. O governo maranhense tem até o dia 6 de janeiro para responder às críticas feitas pela comitiva à penitenciária. Em nota, o governo informa que vai apurar as denúncias e diz que tomou "medidas saneadoras", como troca de comando das polícias Civil e Militar e da administração penitenciária. Segundo o governo, o sistema ganhará reforço de sete novos presídios e outros dois são feitos com recursos federais. A nota não informa prazos. As informações são da Folha de S. Paulo.

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