Maconha provoca aumento de interesse no Uruguai, diz chanceler

O chanceler do Uruguai, Luis Almagro, disse nesta quarta-feira que o número de estrangeiros que perguntam sobre como tirar o visto de residência aumentou nos últimos dias devido à legalização do comércio e da produção da maconha.
O controle estatal do cultivo, da compra e da venda foi aprovado pelo Senado na última terça (10), fazendo com que o Uruguai se torne o primeiro país do mundo a legalizar a droga desde o cultivo até o consumo. A droga deverá começar a ser vendida legalmente em abril.
Segundo Almagro, os embaixadores receberam diversas consultas em diferentes partes do mundo. Ele disse que a Chancelaria enviará em breve uma série de informações a serem entregues às representações para responder aos questionamentos dos estrangeiros.
Apesar de entregar orientações, o chanceler afirmou que "a ideia não é gerar um turismo de maconha". A lei restringe o acesso da maconha a turistas, mas mantém os mesmos direitos dos cidadãos uruguaios aos residentes. No entanto, está prevista uma lei complementar para restringir o consumo dos estrangeiros.
DÚVIDAS
A situação dos residentes é uma das que mais geraram dúvidas na aplicação da nova lei, cuja intenção é desestruturar as quadrilhas de traficantes e diminuir o consumo de drogas mais pesadas, como a cocaína e a pasta base.
No entanto, o êxito da medida depende dos organismos de controle, como a Direção-Geral de Prevenção do Tráfico de Drogas, a Alfândega e a Polícia Aeroportuária. Ainda é necessário definir regulamentações, como as autorizações de cultivo e as licenças para a venda de farmácia.
Também se deve definir como serão feitas as licenças para o uso terapêutico, médico e cosmético da droga. O secretário-geral da Presidência uruguaia, Homero Guerrero, disse nesta quarta-feira que o governo pensa em contratar juristas para redigir as leis complementares.
Nesta quarta-feira, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes da ONU lamentou a legalização da maconha e voltou a dizer que a decisão viola as normas internacionais. O órgão das Nações Unidas, porém, não mencionou se Montevidéu receberá algum tipo de sanção.
Editoria de Arte/Folhapress

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