Elias, o Profeta. Ele avisou em 28 de agosto de 2013, com um toque na bola para o fundo da rede de Fábio, do Cruzeiro, aos 43 minutos do segundo tempo que o Flamengo não estava morto na Copa do Brasil. Pelo contrário. Pulsava com a emoção da arquibancada. Elias avisou. De novo. Quando o jogo parecia indefinido, sem motivos para um suspiro, ele apareceu. Aos 41 minutos do segundo tempo. Certeiro. Decisivo. O gol do título.
O Flamengo hoje tem três títulos de Copa do Brasil muito na conta desse camisa 8. Volante por função, trejeitos de meia, estrela de atacante. Na comunhão de sentimento entre torcida e ídolo que só o futebol pode explicar. Retribuído com carinho. Compartilham, juntos, sofrimentos mútuos. Como uma família. Sofrimento, mesmo, de família.
Porque Elias não vai esquecer, jamais, o dia em que fez o gol do título rubro-negro em 2013 no Maracanã. Mas é mais do que isso. O que está impresso na memória, também, é aquela semifinal contra o Goiás. Seu filho, Davi, internado no hospital com pneumonia. Na escalação do time, veio o nome de Davi em todo o Maracanã. No jogo, o chute de Elias. 2 a 1. Vaga na final.
O destino é incerto. O herói do título está apenas emprestado. Mas não há como negar. Elias, o Profeta, avisou sobre o título. E o futuro, a massa berrou na arquibancada, é com a camisa rubro-negra. Com um título, em busca da América.
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