Cura da hepatite C no horizonte; custo alto pode ser barreira para países em desenvolvimento

A medicina pode estar perto de virar o placar contra a hepatite C e encontrar a cura definitiva da doença. No mundo, atualmente mais de 150 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da enfermidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que informa ainda que a doença é responsável pela morte de cerca de 350 mil pessoas por ano e contamina outras três milhões. Nos EUA, por exemplo, a hepatite C mata mais do que a Aids. De acordo com o New York Times, a possibilidade de cura está mais que no horizonte. "Não há dúvidas de que estamos prestes a eliminar a hepatite C", disse Mitchell Shiffman, diretor do Instituto do Fígado Bon Secours, da Virgínia. Segundo o jornal, nos próximos três anos, devem chegar ao mercado novas drogas capazes de curar pacientes com o vírus, com apenas um comprimido diário em oito semanas e ainda com poucos efeitos colaterais. Atualmente, os tratamentos contra a hepatite C curam cerca de 70% dos pacientes recém-tratrados, mas exigem de seis a 12 meses de injeções com efeitos colaterais significativos, que incluem febre, depressão, anemia e urticária. O novo tratamento tem alguns poréns, como o alto custo, cada tratamento com as novas drogas deve sair no mínimo por U$ 60 mil, podendo custa até U$ 100 mil. O acesso em programas de saúde governamental também poderia ser um entrave para países em desenvolvimento. Segundo o Times, não há organismos internacionais nem entidades beneficentes que adquiram medicamentos contra a hepatite C, como acontece com remédios contra a Aids e a malária. Em termos globais, a hepatite C tem três a cinco vezes mais pacientes em relação à Aids. Doença silenciosa, o vírus pode levar décadas para danificar o fígado a ponto de causar sintomas. A transmissão da hepatite C se dá pelo compartilhamento de seringas, como também por relações sexuais ou transfusão de sangue (Inf. Bahia noticias)