'Se remédio fosse bom, não se voltaria à farmácia', diz introdutor da micromacrobiótica no Brasil
Ele chegou ao Brasil ainda nos anos 50 do século passado. Trouxe na bagagem os ensinamentos orientais que iriam fazer a cabeça de muita gente, a partir da década de 60, preocupada com os limites do corpo e com a força da mente. Discípulo de George Oshawa, considerado pai da macrobiótica, o japonês Tomio Kikuchi se tornou referência no assunto no país e diz do alto de 87 anos vividos que o conceito também mudou. “A macrobiótica está encerrada. Ela era muito inflexível. A micromacrobiótica é mais integrada e é baseada em uma autoeducação vitalícia”, explica Kikuchi, em entrevista ao Bahia Notícias, o termo e a opção de vida que defende e propaga. Com a voz baixa e ao mesmo tempo convicta, o pequeno mestre critica o excesso de tecnologia das sociedades modernas, a indústria farmacêutica, os médicos, e diz que nem mesmo os orientais conseguiram fugir da dominação da máquina, razão, segundo ele, das mazelas contemporâneas. “Hoje, os orientais estão quase da mesma maneira dos ocidentais. Oriente e ocidente estão bagunçados. Infelizmente, essa visão predatória cresce em todos os lugares”, lamentou. Para Kikuchi, que diz não recorrer a nenhum tipo de remédio, grande parte das doenças sofridas são consequencia de hábitos negativos e de uma visão superficial e enganadora do corpo. Massagens, remédios e terapias são, para ele, apenas paliativos. “As pessoas se apegam naquilo que é superficial”, avaliou. Espécie de guia de anônimos e famosos, como o ex-ministro Gilberto Gil, o japonês-brasileiro diz que o segredo de uma saúde plena está no fluxo do sangue. “Quem souber controlar o sangue, controla a ordem fisiológica” e afirma que a conversão à micromacrobiótica exige uma visão de dentro, mais até que palavras de fora. “Quem tem sensibilidade para perceber as coisas, para perceber os limites, pode mudar de vida”, sugeriu. Clique aqui e confira a entrevista na íntegra na Coluna Saúde.
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