Salvador: Criança de 6 anos morta em tiroteio é enterrada em meio a protestos

O corpo da menina Franciele dos Santos, 6 anos, foi sepultado no final da tarde desta segunda-feira (7) no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador. A criançamorreu depois de ser baleada em um tiroteio em Pernambués na noite da ontem. Os pais da criança, Iranildes Gomes e Carlos Souza, pediram justiça e paz. "Essa violência tem que acabar", disse Souza, muito emocionado, descrevendo a filha como estudiosa. "Era uma menina muito guerreira". A criança completaria 7 anos no próximo mês. A ex-vereadora Léo Kret, tia da menina, também esteve presente no velório e no sepultamento. No final da tarde, um grupo de moradores da região e amigos da família também protestou na avenida Paralela, chegando a fechar faixas no sentido Rodoviária. Os manifestantes ficaram concentrados na altura da concessionária Grande Bahia e liberaram apenas uma das faixas para passagem dos veículos. Segundo a Central de Polícia, viaturas das 82ª e 1ª CIPM foram enviadas ao local. O protesto foi encerrado por volta das 18h10. Dois homens chegaram atirando em um bar, na localidade do Alto do Cruzeiro, em Pernambués, na noite de domingo (6).

Franciele, neta do dono do bar, foi baleada no peito e morreu a caminho do hospital. Ela estava brincando com outras crianças. Outra sobrinha de Léo Kret, que dança com a tia na banda Léo Kret & As Novinhas, também ficou ferida. A adolescente de 14 anos, prima da menina Franciele, foi atingida na coxa esquerda e socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE). A garota e Júlio de Jesus Nunes, 27, alvejado na coxa, já receberam alta. Os dois homens envolvidos no tiroteio já foram identificados e estão sendo procurados. Segundo a polícia, o alvo dos atiradores seria Emerson Carlos de Oliveira, que também foi atingido na ação. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Joabe Gonçalves Santos, 39, atingido no braço esquerdo, Jackson dos Santos Contreiras, 25, baleado no joelho esquerdo, e Emerson, alvejado no tórax, continuam internados no HGE. Nenhum deles corre risco de morrer. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). (IBahia)