Após escutas, Corregedoria da PM prende tenente suspeito de integrar PCC
A Corregedoria da Polícia Militar prendeu administrativamente na manhã desta terça-feira, 15, o 1°Tenente da PM Guilherme William Pacheco da Silva, de 36 anos, sob suspeita de associação ao crime organizado, após a divulgação de escutas telefônicas feitas contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação do Ministério Público do Estado (MPE), que mapeou as atividades da facção dentro dos presídios paulista, foi revelada pelo Estado.Silva está lotado atualmente no 16°Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, zona oeste da Capital. De acordo com a PM, ele encontra-se recolhido dentro da Corregedoria.
Em nota à imprensa na manhã desta terça-feira, a PM diz que "a instituição, alinhada com seus objetivos estratégicos de valorizar os bons policiais militares e de adotar instrumentos eficazes de depuração interna, está com a atenção redobrada quanto à proteção de seus policiais, bem como atenta, rigorosa e implacável contra eventuais desvios de conduta de seus integrantes".
Na sexta-feira, 11, o Estado iniciou uma série de reportagens sobre o maior mapeamento da história do crime organizado no País, feito pelo MPE, com um raio X do PCC. Depois de três anos e meio de investigação, o MPE denunciou 175 acusados e pediu à Justiça a internação de 32 presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) - entre eles, toda a cúpula, hoje detida em Presidente Venceslau.
Em relação às denúncias de que policiais possam estar envolvidos com criminosos e com corrupção, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que já foi designada uma equipe especial da corregedoria para acompanhar e investigar esses casos. "Se for comprovada a participação de qualquer servidor público (em esquemas de corrupção), ele será severamente punido."
De acordo com as últimas interceptações telefônicas, p PCC prepara novos ataques caso a cúpula seja transferida para o RDD da Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Diante das novas ameaças do bando, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, pôs a corporação em estado de alerta. As ameaças da facção se estendem a 2014, quando os bandidos prometem uma "Copa do Mundo do terror" e ataques nas eleições
(Fonte Estadão.com)
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