Agripino aponta 'protagonismo', Souto evita 2014 e Neto define DEM como 'grande partido da BA'

O encontro estadual do DEM, na tarde desta quinta-feira (3), no auditório Jutahy Magalhães da Assembleia Legislativa da Bahia, foi marcado pela filiação de aproximadamente 100 novos integrantes, entre pré-candidatos à AL-BA e Câmara Federal e três deputados estaduais. O evento contou com a presença do presidente nacional da sigla, senador José Agripino Maia (RN), o prefeito de Salvador, ACM Neto, o ex-governador Paulo Souto, parlamentares e lideranças do interior. Elogiado pelos presentes pelos reforços, o comandante do Democratas baiano, deputado Paulo Azi, destacou que as aquisições reforçam a legenda para as próximas eleições. Novo agregado, o líder da oposição no Legislativo, Elmar Nascimento (ex-PR), explicou a mudança partidária como uma manutenção da sua linha política. "Eu sou diferente dos políticos que saem da oposição por puro fisiologismo. Nós da oposição elegemos 25 deputados [estaduais] e hoje temos 16. Nós três [ele, Sandro Régis e Targino Machado] fazemos um movimento inverso, baseado em princípios como a lealdade", ressaltou, em entrevista ao Bahia Notícias. Há sete anos na oposição, Régis argumentou que precisava respeitar o seu eleitorado e criticou o que chamou de "prostituição" dos que migraram para a bancada da maioria. "Não tenho o direito de usar o meu mandato em benefício próprio ou em troca de algo para uso pessoal", cutucou. Por uma questão médica, Targino não compareceu à celebração e assinará a ficha de filiação no próximo sábado (6), último dia do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa de 2014.
Cotado com um dos pré-candidatos ao governo do Estado, Paulo Souto não falou um segundo sequer sobre a possibilidade de concorrer e se limitou a comentar a adesão dos novos correligionários. "Não sou contra que pessoas mudem de partido ou orientação. Isso é comum na vida, [..] mas ninguém se atreveu a buscar a adesão destes deputados, pois eles têm coerência", avaliou. Quem puxou o assunto "urna" foi o próprio Agripino, ao destacar o papel do estado no cenário nacional em 2014. "A Bahia vai chamar a atenção do que ocorrer na Bahia para o restante do país. O partido está filiando pessoas com mandato na mão. É só esperar o próximo ano", estimou. Concorrente interno da indicação democrata para o Palácio de Ondina, o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, ponderou as dificuldades que os contrários à administração do governador Jaques Wagner poderão encontrar no caminho. "O DEM tem a tarefa difícil de enfrentar a máquina. É muito difícil fazer oposição no interior", pontuou.Vencedor do último pleito municipal em Salvador e primeiro colocado nas pesquisas sobre a sucessão estadual, da qual garante que não participará, ACM Neto foi mais otimista. "O DEM está preparado para enfrentar os desafios de 2014. [...] É preciso que as pessoas que estão se filiando entendam que o partido está preparado para ser protagonista nas eleições na Bahia e no Brasil em 2014. O DEM vai mostrar à Bahia que é o grande partido desse estado", conjeturou. Com um pé no governo da presidente Dilma Rousseff e o outro na oposição a Wagner, o convidado Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB baiano, reafirmou ser "zero" a chance de voltar a se aliar ao PT no estado e congratulou o DEM. "Normalmente um presidente de um partido que comparece a um evento desse deveria sentir inveja de tantos importantes homens públicos se filiando ao DEM. Queria que fossem do PMDB, mas o que sinto é alegria do fortalecimento de um projeto", declarou o peemedebista, que simultaneamente recebeu um reforço de peso. Principal aliado de Neto na AL-BA, o deputado Bruno Reis, que deixou recentemente o PRP, não foi para o DEM, mas sim para o PMDB, de olho em 2014.

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