Artigo de José Mendonça: Comportamento Parlamentar.


COMPORTAMENTO PARLAMENTAR

José Mendonça                                                                                                                                Nº 257    
www.josemendonca.org                                                                                                               Será publicado em 11.03.11
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É triste, na sessão de 24 de fevereiro de 2011, na Câmara de Vereadores de Ipiaú, foi votado o projeto de lei do Executivo que altera a formação do Conselho de Saúde. A comissão de Justiça composta pelos vereadores Aloísio Teixeira Mendes, José Carlos Bispo dos Santos e Nena Passos e a de Saúde composta pelos vereadores Magnolito Palmeira Cabral, Francisco Oliveira Ferreira e Ubiratan Souza Costa deram parecer favorável ao projeto, mas o vereador que não se vende, Nena Passos, atuante, que tem apresentado projetos que exigem transparência no Executivo, não aceitou e não assinou o parecer da comissão.

Ao fazer uso da palavra, informei que o Conselho de Saúde é órgão independente, ligado ao Ministério da Saúde e já levei o assunto a um advogado para entrar com processo e encaminhar ao Ministério Público Federal, aos Tribunais de Contas, Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério da Saúde. Os vereadores Nena Passos e Jaldo Coutinho Brandão também votaram contra a aprovação do projeto.

Os vereadores que apóiam o desmando na administração do município, aprovaram o projeto, com exceção do vereador do PT, Aloísio Teixeira Mendes, que aprovou o parecer como presidente da comissão de Justiça, mas não aprovou o projeto na sessão porque a Executiva do partido chamou atenção mostrando que não estava de acordo manipular o Conselho de Saúde para favorecer a corrupção. Importante a população acompanhar as sessões através da emissora.

Impressionante a facilidade com que o vereador do PT, Aloísio Teixeira Mendes, fala de sua independência, o vereador do PP, José Carlos Bispo dos Santos, diz que está ali para defender o seu povo e o vereador Magnolito Palmeira Cabral, também do PP, dono da verdade com discurso eloqüente se diz defensor da saúde.

Em 1990, precisei tomar uma vacina para viajar para Israel, Egito e Turquia. Fui ao pronto socorro no bairro do Canela pedir informações. Voltando ao carro, falei para Maria das Graças: “não há respeito nem com o dinheiro da saúde; azulejos das salas de atendimento quebrados, sujos de sangue, parecendo matadouro frigorífico de município mal administrado”. Disse mais: “conseguindo a legenda de um partido, vou me candidatar a governador, mesmo sabendo que não tenho estrutura política para disputar eleição, é a oportunidade para mostrar, no horário eleitoral, como é administrado o dinheiro do povo.” Dr. Ademar de Barros Filho veio a Salvador e lançou minha candidatura a governador.

Como pré-candidato, um amigo comum, dono de um magazine, promoveu um encontro com o candidato a governador Dr. Antonio Carlos Magalhães, que foi muito cordial. Com dezoito minutos de conversa, informei que iria deixá-lo porque outras pessoas o aguardavam, respondeu: “vamos conversar mais, gostei de seu artigo e entrevista sobre a Cesta do Povo.” Falei que iríamos para o segundo turno, mas teria dificuldade no debate pela admiração que tinha pelo mesmo. Não viabilizei aquela candidatura, mas terminei entrando na política. O ex-presidente José Sarney diz: “política não tem porta de saída”, mas eu vou descobrir uma.

Não paro de pensar no voto distrital misto para ver os municípios mais fortes e no financiamento público de campanha para que a mulher e o jovem entrem na política. O caixa dois não deixará de existir, todavia, as eleições serão melhor disputadas. Precisamos de mais parlamentares sérios.

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