Advogado lamenta falta de magistrados no Judiciário de Ipiaú
Agnaldo Teixeira denunciou sensação de impunidade no município
Participando do programa Fala Ipiaú, o advogado Agnaldo Teixeira trouxe à público grave indignação com a já prolongada carência de magistrados para atuarem no Judiciário ipiauense. Agnaldo demonstrou preocupação quanto ao fato e citou como contraste a cidade de Jequié que dispõe hoje de oito profissionais em atuação enquanto que em Ipiaú a falta de um representante para a vara crime só poderá começar a ser resolvida após o período carnavalesco.
Como resultado, Ipiaú vive hoje, conforme o advogado, “às voltas com insegurança, impunidade e totalmente desprovida de amparo do Estado’. A questão repercute negativamente em nível regional, uma vez que Ipiaú hoje figura como cidade polo da microregião do Vale do Rio das Contas.
Agnaldo ainda questionou a transferência de profissionais ilibados que atuavam recentemente no município: ” Como se remove dois juizes da comarca de Ipiaú, que é de terceira entrância, sendo que não se define um juiz para ocupar essas vagas? Perguntou ele.
O advogado também relembrou no programa grandes lutas travadas durante seu mandato como presidente na OAB que culminaram em protestos vitoriosos contra juízes que chegaram em Ipiaú e se envolverem em irregularidades. Conforme relembrou, três magistrados com essas características foram ‘postos para fora”: “Um deles está afastado da profissão, outro teve que sair para uma comarca da capital e, contra uma juiza que tentou pressionar a sociedade de Ipiaú, nós conseguimos juntar 51 entidades. Era uma mulher de comportamento profissional sério mas de uma irreponsabilidade civil sem limite e sem compromisso com o processo, trazendo danos irreparáveis a comunidade”, relatou.
Agnaldo Teixeira também informou do tamanho do trabalho que espera a nova juíza da vara crime que deverá assumir após o carnaval: entre 4 a 6 mil processos parados. Por outro lado, desafios ainda maiores se encontram na vara pública ( 8 mil processos ) e na vara cível , onde 18 mil processos se encontram parados por falta de juiz.
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